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Inicialmente devo dizer que o termo “falsa magra” não existe na literatura médica. É apenas uma denominação popular. A definição de magreza, ou melhor dizendo “baixo peso”, assim como “sobrepeso” e “obesidade” vem da proporção entre peso e altura. Existe uma classificação mundial denominada IMC (peso dividido pela altura ao quadrado) que determina estes parâmetros nas populações em geral, mas preferimos avaliar peso ideal através de métodos melhores de avaliação de composição corporal. Explicarei mais adiante.
Eu sou o Dr. Danilo Flávio, médico especialista em Medicina Esportiva, Pós Graduado em Endocrinologia e também em Nutrologia Médica. Há mais de 10 anos atuo em emagrecimento, diminuição de gordura corporal e ganho de massa muscular. Realizo tratamento também de doenças hormonais, diabetes, tireoide, visando saúde e bem estar. Os atendimentos podem ser feitos por Telemedicina ou presencialmente em meu consultório em Goiânia.
Mas afinal, o que seria então a “falsa magra”?
Provavelmente estamos lidando com a seguinte situação: uma pessoa que apresenta o peso considerado adequado para sua altura, porém com a insatisfação de estar com porcentagem de gordura corporal aumentada. Esse “acúmulo” de gordura pode ser localizado em determinadas áreas ou pode estar espalhado em todo o corpo. De uma forma resumida, a pessoa tem a sensação de que a quantidade de gordura pode estar aumentada, porém o peso ainda mantem dentro dos limites da normalidade.
Quer ver um exemplo? Uma mulher de 1.60cm de altura e peso 60kg apresenta um IMC: 23,4 (lembrando que o IMC é o peso dividido pela altura, e dividido novamente pela altura, sendo assim: 60 dividido por 1,6 e dividido novamente por 1,6). O IMC considerado ideal é entre 18,5 e 24,9. Abaixo disso é baixo peso e acima disso é sobrepeso e obesidade. Portanto neste exemplo a pessoa apresenta o peso considerado ideal.
Acontece que neste mesmo exemplo, ela se queixa de excesso de gordura no corpo e a porcentagem de gordura de seu corpo é 33%. O valor considerado normal para mulheres seria entre 18 e 28%. Mais uma vez utilizando contas matemáticas, neste exemplo a paciente tem 20kg de gordura em seu corpo e quando dividimos 20kg pelo seu peso (60kg) encontraremos esta porcentagem de 33%, acima do valor considerado ideal.
Deixando um pouco os cálculos de lado, o resumo é que temos um exemplo de uma mulher que está com o peso ideal, porém a porcentagem de gordura corporal aumentada. E porque isso acontece?
Porque para o peso estar dentro do valor ideal, estamos diante provavelmente de uma diminuição de massa muscular. Ou seja, gordura aumentada e massa muscular diminuída. O excesso de um e a falta do outro mantém o peso dentro do normal. Lembro aqui que na avaliação de composição corporal, nosso corpo é distribuído em água, massa óssea, massa muscular e gordura.
Diante desta situação, podemos ter não somente um, mas sim dois problemas: excesso de gordura e diminuição de massa muscular!
Por definição, esta “diminuição” de massa muscular é considerada uma hipotrofia muscular. Em outras palavras, pode ser um músculo pouco trabalhado, pouco exercitado. Não necessariamente porque a pessoa não pratica atividades físicas. Existem vários fatores que podem gerar essa situação.
Fatores que podem estar relacionados a diminuição de massa muscular e ganho de gordura corporal
· Falta de Atividade física (sedentarismo);
· Falta de treinos voltados para o ganho muscular;
· Treinos abaixo do nível de intensidade adequados;
· Alimentação inadequada para ganho muscular;
· Dietas radicais para emagrecimento;
· Baixo consumo de proteínas;
· Longos períodos de jejum;
· Consumo de álcool e cigarro;
· Qualidade de sono ruim.
· Consumo de alimentos super-industrializados e pouco nutritivos;
Um erro bastante comum no tratamento de pessoas com esse perfil de composição corporal é direcionar todos os objetivos voltados para a dieta. Focar em dietas restritivas visando perda de gordura corporal nem sempre é a melhor estratégia. Citarei alguns motivos pelos quais as dietas restritivas podem não ajudar a emagrecer as “falsas magras”
Motivos pelos quais somente dietas restritivas não emagrecem as “falsas magras”
· Dietas muito restritivas podem gerar perda de massa muscular;
· Perda de massa muscular pode atrapalhar a perda de gordura;
· O gasto calórico diminui a o corpo passa a economizar energia;
· Dietas radicais podem causar falta de nutrientes essenciais para o nosso corpo.
· Longos períodos de dieta podem causar fadiga, indisposição, falta de concentração e foco;
· Diminuição de consumo de proteínas podem afetar a composição muscular e “frear” o metabolismo.
Mas se somente dieta pode não resolver o problema, qual seria a melhor solução?
Preconizo no tratamento das minhas pacientes com esse perfil de composição corporal a seguinte situação:
· Recomendo iniciar ou intensificar atividades físicas resistidas (musculação, crossfit, etc.) para ganho muscular. Dessa forma, a hipertrofia aumenta o gasto calórico e isso faz o corpo recrutar e gastar mais gordura ao longo das 24hs do dia;
· Oriento melhorar o padrão alimentar, evitando alimentos superindustrializados e calorias vazias;
· Recomendo o aumento de ingesta de proteínas, com o cuidado de evitar proteínas acompanhadas de gorduras tais como carnes gordas por exemplo.
· Recomendo realizar um déficit calórico leve, ou seja, uma dieta não muito radical. Em alguns pacientes pode não ser necessário realizar restrição alimentar, mas sim uma dieta levemente hipercalórica. Isso mesmo! Tem casos que é necessário aumentar a ingesta alimentar para perder gordura corporal;
· Prescrevo suplementos para hipertrofia muscular;
· Oriento diminuir ou suspender o consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogas;
· Recomendo e ajudo melhorar qualidade do sono;
· Oriento melhorar o funcionamento intestinal e se preciso for, prescrevo prebióticos, probióticos ou simbióticos;
De uma forma em geral, precisamos desmistificar a ideia de que pessoas com esse perfil de “falsas magras” precisam e devem ficar eternamente no processo apenas de dieta restritiva. Essa modalidade pode funcionar para alguns pacientes, porém não costuma resolver para a maiorias das pessoas. E é claro: procure um profissional bem qualificado, com experiência neste tipo de tratamento. Faça uma boa avaliação de composição corporal (existem exames para isso, como a Bioimpedância por exemplo, que realizo em meu consultório) e siga as estratégicas adotadas pelo seu médico e demais profissionais envolvidos. Isto aumenta as chances de sucesso em seus objetivos.
Eu sou o Dr. Danilo Flávio, médico especialista em Medicina Esportiva, Pós Graduado em Endocrinologia e também em Nutrologia Médica. Há mais de 10 anos atuo em emagrecimento, diminuição de gordura corporal e ganho de massa muscular. Realizo tratamento também de doenças hormonais, diabetes, tireoide, visando saúde e bem estar. Os atendimentos podem ser feitos por Telemedicina ou presencialmente em meu consultório em Goiânia.
Espero poder ajudar! Bons treinos!

Dr. Danilo Flávio – CRM/GO 2968 – RQE 11683
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